A world music (ou música universal) foi um termo cunhado por americanos e ingleses para fazer referência a ritmos que não fazem parte de suas principais correntes musicais. Nesse sentido, o icônico guitarrista Steve Hackett explicou sua visão sobre a influência desse tipo de abordagem em sua carreira e refletiu como músicos de rock podem aprender com esse intercâmbio cultural.
“Vejo que todos os músicos podem aprender uns com os outros, porque, por exemplo, quando eu estava no Brasil há muitos anos, trabalhando com muitos percussionistas, a abordagem era muito diferente. Eu estava acostumado a lidar com bateristas de rock ‘n’ roll que contavam com enormes kits, plataformas de petróleo no formato de bateria (risos). Muitas vezes, com os músicos brasileiros era um homem por tambor. E a ideia era tirar o máximo de sons possível daquele tambor. E, então, as circunstâncias econômicas talvez tenham definido muito mais o gênero e o estilo e estamos bem cientes de que a bateria de rock é apenas parte da imagem, assim como a de jazz é apenas uma das partes”, refletiu.
Steve Hackett e a world music
O assunto surgiu durante entrevista exclusiva de Steve Hackett para a Guitarload. Em outro trecho, o músico desenvolveu mais suas ideias a respeito do uso da percussão e como isso o influenciou. “O conceito básico étnico de trabalhar com vários percussionistas viabiliza uma abordagem bem diferente. Quase tudo dá ritmo, mas claro que nem preciso falar isso, pois você é brasileiro”, completou.