Joe Bonamassa critica mercado de guitarras antigas: “Tornou-se muito elitista”

Para o guitarrista, uma Stratocaster nova de US$ 1 mil não tem o som muito diferente de uma Fender vintage
Foto de Dwidou Photography via Facebook

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Em recente entrevista, Joe Bonamassa analisou como o mercado de guitarras antigas mudou desde que ele comprou sua primeira Gibson Les Paul de 1959 há mais de 30 anos.

O músico, que é um colecionador e pesquisador de instrumentos vintage, admite que o “hobby” esconde armadilhas e, infelizmente, não é para todos. 

“Em 1990, comprei a minha primeira Les Paul de 1959. Acho que ela custava cerca de US$ 8.500, o que era um preço impressionante. Agora, essas guitarras estão na casa de centenas de milhares de dólares. E é melhor você saber o que está comprando, porque um erro pode custar seis dígitos”.

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Colecionador vs. músico

Ainda na conversa com o podcast Tone-Talk, Bonamassa explicou que, do ponto de vista do músico em si, a compra de instrumentos vintage simplesmente não vale a pena. 

“Como colecionador e investidor, tem sido ótimo. Como músico, há desvantagens reais. Me sinto mal pelas pessoas que gostam de equipamentos antigos e sempre quiseram tocar com eles, pois é para isso que essas coisas servem”.  

O guitarrista continuou: “No entanto, as pessoas não podem justificar o valor de US$ 55 mil por uma Stratocaster de 1957, porque, no fim das contas, é apenas uma Stratocaster. Não vai soar muito diferente de uma guitarra nova de US$ 1 mil ou até menos”.

Mercado elitista

Por fim, Joe Bonamassa criticou a postura exclusivista e arrogante que predomina no mercado de guitarras vintage da atualidade.

“Tornou-se muito elitista. E os equipamentos têm sido negociados entre pessoas que buscam investimento ou exibição nas redes sociais: ‘Veja o que eu tenho’.” 

“Eu faço isso, mas as pessoas sabem que sou maluco e que tenho feito isso a vida toda. Eu posto guitarras no Instagram, mas não é para me gabar, é para compartilhar”.

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