Nem todos os guitarristas podem comprar instrumentos de marcas clássicas, especialmente no Brasil. A dura realidade do país e os preços elevados deixam distante o sonho de muitos músicos. Infelizmente.
No entanto, quando se trata de adquirir uma guitarra vintage, o desejo passa de difícil para proibitivo não só aqui, mas em todo o mundo. O motivo é simples: o valor astronômico.
Críticas ao mercado vintage
Nesse contexto, muitos integrantes da comunidade musical têm criticado o mercado de guitarras antigas. Para alguns deles, os exemplares estão sendo comprados por colecionadores ricos para ficarem guardados, o que seria um desperdício.
Então, vem a pergunta: é isso mesmo o que tem acontecido? De acordo com Mark Agnesi, chefe do setor de experiência de marca da Gibson, a crença não poderia estar mais longe da verdade.
“Tenho de ser honesto sobre esses modelos de primeira linha que valem muito dinheiro. Não conheço ninguém que esteja comprando essas guitarras e que não tenha a intenção de tocá-las”, disse à Guitar World.
“Todo mundo que conheço que comprou uma ‘Burst’ nos últimos cinco anos toca com a guitarra todos os dias”, afirmou o profissional sobre as guitarras Gibson Les Paul feitas entre 1958 e 1960.
“Estou aqui para desmascarar isso”
Mark Agnesi reiterou que é um equívoco achar que as guitarras vintage não estão sendo usadas pelos compradores.
“Não é isso que estou vendo. Tocar com essas guitarras é a primeira coisa que eles fazem pela manhã e a última antes de dormir. As pessoas estão realmente tocando com essas guitarras, especialmente as mais caras”.
Ele finalizou: “Quem gasta muito dinheiro com essas guitarras não compra objetos de decoração… As pessoas podem ter essa percepção, mas estou aqui para desmascarar isso. Eu estou intimamente envolvido com muitas pessoas que possuem esses instrumentos. Realmente não é o caso!”.
