Em recente entrevista, Steve Morse detalhou a luta diária contra a artrite e explicou como a inflamação das articulações o obrigou a mudar a sua técnica na guitarra.
“Pratiquei cerca de dez mil notas por dia durante décadas. Então, minha herança genética de artrite me levou a um ponto em que alguns ossos não têm mais cartilagem”, iniciou.
“Os ossos se desgastaram, tornando-se ‘doentes’ e muito doloridos. Mas, em vez de me entregar e simplesmente ‘morrer’, pensei: ‘Ainda quero tocar’”, disse o guitarrista no bate-papo com Rick Beato.
| Leia também: Steve Morse explica relação com fãs saudosistas do Deep Purple
Solução criativa
Antigamente, Morse usava o dedo mínimo e a lateral da mão direita para abafar as cordas e tornar a execução mais limpa. No entanto, com as dores provenientes da artrite, a técnica se tornou insustentável, levando o músico a pensar em soluções alternativas.
“Aqui no headstock, instalei um dispositivo que abafa as cordas quando estou solando nas casas mais agudas”, afirmou o músico ao demonstrar um mecanismo da Ernie Ball que pode ser acionado com um simples toque.
Questionado se o acessório foi inventado por ele, o roqueiro respondeu: “É claro que já foi feito antes, mas criei uma forma diferente de estrutura a fim de tornar o funcionamento mais imediato.”
Mudança de técnica
Ao mesmo tempo, Morse promoveu mudanças significativas em sua técnica de palhetada. Acima de tudo, os novos recursos desenvolvidos pelo guitarrista evitam a movimentação exagerada do pulso.
“Um desses novos movimentos que adotei consiste em segurar a palheta com dois dedos e manter o braço rígido. Ou seja, não estou usando mais o pulso para executar as palhetadas”, contou.
Em seguida, assista à entrevista na íntegra (o trecho em que Steve Morse fala da artrite começa em 27:01):