O site da revista Guitar World divulgou na segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher, uma lista com 12 mulheres guitarristas que estão mudando o mundo nos últimos 12 meses, desde o início da pandemia. Há, inclusive, uma brasileira na pauta, redigida pelo jornalista Michael Astley-Brown.
Inicialmente, o texto relembra que o Grammy trouxe, pela primeira vez, apenas artistas mulheres indicadas à categoria de Melhor Performance de Rock. HAIM, Brittany Howard, Grace Potter, Phoebe Bridgers, Fiona Apple e Big Thief concorrem ao prêmio, que será entregue neste domingo (14).
Dessa forma, o site da revista buscou “saudar as mulheres guitarristas que estão levando a guitarra para novas direções, abrindo novos caminhos e fazendo do mundo da guitarra um ambiente empolgante nos últimos 12 meses”.
“Não há limite para o número de artistas que poderíamos incluir em uma lista assim, mas essas são as mulheres guitarristas que acreditamos que mudaram as regras do jogo desde o início da pandemia”, diz.
Veja, abaixo, as 12 mulheres guitarristas selecionadas pela Guitar World, na ordem em que foram mencionadas, e trechos dos comentários feitos pela revista. O texto completo pode ser lido, em inglês, no site da publicação.
Mulheres guitarristas que estão mudando o mundo
- H.E.R.
“Poderíamos preencher a maior parte deste tópico com as conquistas desta vencedora do Grammy no ano passado – uma indicação ao Oscar, várias aparições no ‘Tonight Show’, uma performance incrível no Super Bowl -, mas tornar-se a primeira artista negra a ter uma guitarra signature da Fender (H.E.R. Stratocaster) pode ter o impacto mais duradouro.”
- Jasmine Star
“Quando você tem apenas um minuto para demonstrar suas habilidades, precisa fazer com que cada segundo conte. E há poucos guitarristas que conseguem acompanhar o ritmo de Jasmine Star, que aos 17 anos se tornou uma das maiores guitarristas da rede social TikTok, graças a vídeos cheios de técnica e criatividade.”
- Carmen Vandenberg
“Não houve NAMM este ano, mas uma série de equipamentos foram anunciados, entre eles o novo amplificador CV30 da Blackstar, um combo elegante e elegante projetado por Carmen Vandenberg – o que a torna a primeira mulher a ter um amplificador de guitarra signature. Vandenberg pode ter descrito a experiência como ‘um sonho com o qual eu nunca sonhei’, mas seu status como guitarrista lhe dá procedência: ela não só tocou com um dos maiores nomes de todos os tempos, Jeff Beck, como também co-escreveu o álbum dele de 2016, ‘Loud Hailer’, enquanto seu duo Bones UK ganhou um Grammy por seu álbum de estreia.”
- Amy Love (Nova Twins)
“Com o duo Nova Twins, Amy Love está abrindo um novo caminho no rock – um que tece os graves sonoros do hip hop com a abrasividade do rock alternativo em uma das uniões mais estimulantes a ter guitarras e vários pedais de efeito. Porém, o Nova Twins tem ambições que vão além de mudar o rock: elas estão em uma missão cultural. Para esse fim, Love e sua colega de banda Georgia South montaram neste ano uma compilação, ‘Nova Twins Presents Voices For The Unheard’, para mostrar artistas alternativos de outras etnias.”
- Nandi Bushell
“Durante o lockdown, esta londrina de 11 anos se comunicou com mais músicos do que este editor. Tom Morello, Flea e Dave Grohl fizeram fila para exaltar esta prodígio multi-instrumentista. Mas são as performances e a pura alegria que Bushell exala que devem encher os guitarristas com o tipo de sensação vertiginosa que tiveram quando ligaram pela primeira vez, aumentaram o ganho e tocaram aquele acorde mizão.”
- Rebecca e Megan Lovell (Larkin Poe)
“Enquanto grande parte dos guitarristas do século 21 focam na busca da perfeição, as irmãs Lovell, do Larkin Poe, buscam manter a chama das raízes americanas acesas com uma abordagem de gravação distintamente da velha escola: as guitarras são captadas ao vivo e há apenas alguns takes vocais para reter a humanidade. […] O álbum ‘Self Made Man’, do ano passado, é repleto de riffs elétricos monstruosos e lap-steel enraizados no blues, mas com ganchos e produção que apontam para o pop contemporâneo.”
- Yvette Young
“A confirmação de Yvette Young como a segunda artista feminina signature da história da Ibanez, após Nita Strauss, foi feito tecnicamente um pouco antes do ano passado. Porém, o que ela fez com aquele modelo segue como inspiração. O álbum ‘Technicolor’, do ano passado, foi uma conquista edificante e tecnicamente surpreendente para a banda de math rock dela, Covet, mas Young usou a plataforma que suas habilidades lhe deram para promover positividade e inclusão no instrumento.”
- Arielle
“Uma coisa é ser apoiada por Brian May – e com elogios como ‘a forma de Arielle tocar chega a lugares que eu nunca sabia que existiam’ -, outra é convencer o fundador do Queen a lançar as primeiras guitarras da Brian May Guitars que, bem, não sejam para Brian May. A cantora e compositora americana transformou seu sonho em realidade, com um modelo exclusivo que une um Explorer com DNA Red Special.”
- Diamond Rowe (Tetrarch)
“O Tetrarch está prestes a dominar o mundo. Seu tipo de peso, que vem do nu metal e hardcore, ressoou em uma escala colossal, com seus singles mais recentes acumulando bem mais de um milhão de visualizações cada. […] Mas é a guitarrista solo Diamond Rowe que realmente faz o som do Tetrarch brilhar. Seus riffs vão desde o peso do Trivium até a destruição do Gojira.”
- Helen Ibe
“Helen Ibe é conhecida por sua técnica de jazz formidável em seu país natal, a Nigéria, mas seus seguidores em todo o mundo estarão mais familiarizados com seus licks elétricos neo-soul de bom gosto, conforme mostrado em seu crescente canal no YouTube. 2020 viu a base de fãs de Ibe aumentar a uma taxa impressionante graças a uma onda de novos vídeos.”
- Lari Basilio
“A Ibanez chocou o mundo este ano com o lançamento de sua própria linha AZS inspirada na Tele e, ao lado de Josh Smith, a gigante japonesa da guitarra contratou a virtuosa brasileira Lari Basilio para seus primeiros modelos signature no novo formato do corpo. A Ibanez LB1 é um modelo que honra a habilidade de Basilio. Isso também a inspirou a escrever e gravar ‘Sunny Days‘, sua primeira música inédita desde o álbum ‘Far More’ de 2019, que mostra o toque, o dinamismo e o talento com que ela fez seu nome.”
- Phoebe Bridgers
“Já mencionamos as indicações femininas ao Grammy 2021 – e poucas artistas receberam tantas indicações a prêmios como Phoebe Bridgers, que está concorrendo a Melhor Artista Revelação, Melhor Álbum Alternativo, Melhor Canção de Rock e Melhor Rock Desempenho. O álbum ‘Punisher’ foi uma conquista decisiva para uma das grandes compositoras da atualidade. […] Phoebe Bridgers é um lembrete de que não há regras quando se trata de guitarra – um sentimento que é verdadeiro agora mais do que nunca.”